Com aproximadamente quarenta filiados camponeses das localidades de Floresta, Erechim e Erebango foi fundada a União dos Trabalhadores Rurais Russos do Brasil. Sérgio Iltchenco, pai de Elias ocupava a presidência da entidade que tinha como secretário Paulo Uchacoff e tesoureiro Simão Poluboriannoff. O grupo mantinha intenso intercâmbio com integrantes da União dos Trabalhadores Russos de Porto Alegre, Guarani Campinas, Santo Angelo e Porto Lucena.
O contato com organizações internacionais se ampliou no início da década seguinte, quando os anarquistas passaram a ser perseguidos pelo governo bolchevique da União Soviética. De Paris passou a ser recebida a revista Dielo-Trouda e de Detroit a partir de 1927 a revista Probuzhdenie. Jornais anarquistas como A Voz do Trabalhador, Ação Direta, o Libertário e A Plebe eram despachados de São Paulo e Rio de Janeiro, permitindo ao grupo acompanhar os movimentos sociais agitavam as duas maiores cidades do país.
Até seu falecimento em 14 de maio de 1985 Elias Iltchenco viveu em Erebango. Ao longo de sua existência se manteve fiel aos princípios herdados do pai. Com a esposa Maria Korackruk, nascida no ano de 1919 na Polônia de onde partiu rumo ao Brasil com dez anos de idade, teve onze filhos. Ela católica devota. Ele anarquista convicto. Nunca se opôs a formação religiosa que a mãe dedicou aos filhos.
O filho que reside na localidade de Linha Meregalli, interior de Erebango, preserva fotografias e parte da correspondência e das publicações recebidas nos últimos anos de vida de Elias. Ele conta que o pai foi sócio da Cooperativa de Produção de Banha Santana Ltda., Hospital Santo Antônio e Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Getúlio Vargas. Que varava as madrugadas, debruçado sobre as obras de Kropotkin, Bakunin, Emma Goldmann, Tolstoi, Malatesta e outros. E ainda respondendo as correspondências que chegavam semanalmente.