Candidatos ao Piratini: Rejane de Oliveira e Ricardo Jobim

Nesta série de reportagens, o Jornal O Nacional passa a apresentar os candidatos ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul

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Em contagem regressiva, faltando 23 dias para o 1º turno das eleições 2022, o Jornal O Nacional apresenta a trajetória e principais propostas de mais dois candidatos que concorrem ao cargo de governador do Rio Grande do Sul. 


Rejane de Oliveira (PSTU) defende Estado governado pelos trabalhadores 

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Candidata pelo Partido Socialista Dos Trabalhadores Unificado (PSTU), Rejane de Oliveira, 61 anos, concorre ao lado da servidora pública aposentada Vera Rosane de Oliveira (PSTU), 57 anos, compondo uma chapa pura. Natural de Porto Alegre, Rejane de Oliveira é professora aposentada da rede estadual. Foi presidente do CPERS Sindicato (Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul), membro da Executiva Estadual e Nacional da Central Sindical e Popular e pela primeira vez concorre a um cargo político. 


Um governo para e pelos trabalhadores 

Na defesa de “um programa revolucionário e socialista”, o Plano de Governo de Rejane de Oliveira chama a atenção para um “Rio Grande socialista, governado pelos trabalhadores”. Divididos em 11 temas principais, a candidata debate a fome e o desemprego, obras públicas, a dívida pública do Estado, saúde e agronegócio, opressão, o direito dos povos indígenas, segurança pública, educação, juventude e meio ambiente. 

Nesse sentido, entre as principais propostas, Rejane defende o rompimento com o Regime de Recuperação Fiscal e a imediata suspensão do pagamento da dívida com a União, acompanhado do fim das isenções para as grandes empresas, com a reversão da reforma administrativa e o teto de gastos do Estado. 

Na saúde, quer garantir e fortalecer o SUS “público, universal, gratuito estatal”, junto à revogação da EC/95 que congelou os investimentos na Saúde Pública. Na educação, Rejane propõe a anulação das reformas e projetos implementados pela Base Nacional Curricular Comum e a Reforma do Ensino Médio. Além do retorno imediato do plano de carreira, do pagamento do Piso Salarial Nacional como básico das carreiras e a efetivação dos trabalhadores contratados. Isso, aliado ao combate às políticas de militarização das escolas e os ataques do projeto “Escola sem partido”.

No agronegócio, a candidata ao governo do Estado é a favor da reforma agrária sob controle dos trabalhadores e do perdão das dívidas bancárias dos pequenos produtores. É contra o marco temporal e a favor da regularização de todas as terras indígenas. Propõe a desmilitarização da brigada militar, “por uma polícia civil unificada controlada pela comunidade”, onde delegados e chefes, além de concursados, sejam eleitos diretamente pela população nas comunidades e nos bairros. Além de levantar a descriminalização das drogas. 


O que Rejane diz sobre a privatização 

Rejane declara que é contra as privatizações e a favor da reestatização, sob controle dos trabalhadores. Nesse sentido, ela afirma que é preciso reverter as privatizações já feitas, como a da CEEE, suspender a privatização da Corsan e a possível desestatização do Banrisul, além de estatizar as empresas que “sonegam os impostos”.


Ricardo Jobim (Novo) foca candidatura na retomada econômica do Estado, privatizações e alíquota única do ICMS 

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Concorrendo pelo partido Novo, Ricardo Jobim, 47 anos, tem como vice o advogado Rafael Dresch (Novo), 46 anos, compondo uma chapa pura, sem coligações. Jobim é advogado, especialista em negociação e direito médico, atuante em direito penal. Natural de Santa Maria, é secretário-geral da Associação Rural do município e já foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção de Santa Maria. 


Rio Grande responsável, livre, para as pessoas e transparente 

Com “uma proposta liberal para o Rio Grande do Sul”, o Plano de Governo de Ricardo Jobim traz quatro eixos principais: Rio Grande Responsável, pois “o Estado precisa caber no bolso dos gaúchos para focar em atividades essenciais e gastar bem”; Rio Grande Livre Para Crescer, com foco “na retenção de empresas e pessoas e na recuperação econômica pós-covid” de maneira sustentável; Rio Grande Para As Pessoas, voltado a capacitação “de cada pessoa para que elas possam desenvolver seus talentos em potencial de forma a alcançar, através da liberdade, o desenvolvimento humano”; e por fim, Rio Grande Transparente, pois “é essencial acabar com os privilégios e combater a corrupção em todos os níveis”.

Efetivamente, Jobim propõe seguir com uma agenda de ajuste fiscal e respeitar o teto de gastos, além de promover uma reforma administrativa no âmbito das carreiras do Estado. Isso, somado à redução do número de secretarias para ganhar eficiência na administração e do número de cargos comissionados, revisando as fundações e autarquias existentes.

No desenvolvimento econômico, traz cinco eixos principais, sendo eles RS + Competitivo, RS + Desenvolvido, RS + Produtivo, RS + Inovador e o “ICMS mais simples do Brasil”, com a criação de alíquota única do ICMS com, no máximo, poucas exceções. Propõe ampla e completa revisão dos fundos estaduais e dos benefícios fiscais, além da regulamentação da Lei de Liberdade Econômica no RS e a desburocratização para abertura e fechamento de empresas.

Na educação, irá investir em cursos rápidos e oficinas no Ensino Fundamental para as áreas das Exatas e aumentar a oferta de cursos técnicos para o Ensino Médio, o tornando integral e mais profissionalizante. Em consonância, levanta a pauta da municipalização do ensino. 

A favor do fortalecimento e investimos no SUS, também traz de ações imediatas a realização de uma auditoria técnica externa no sistema IPE Saúde e renegociação das dívidas do instituto.


O que Jobim diz sobre a privatização 

Ricardo Jobim é a favor da privatização de empresas estatais, “utilizando os recursos para investimentos com foco no longo prazo e fundo garantidor para Parcerias Público Privadas”. Apontando como referência as últimas privatizações realizadas no Estado, afirma que elas se fizeram fundamentais no contexto de criação de receitas emergenciais para a manutenção das finanças e investimentos. Além de que a privatização da CORSAN é “urgente para redução do dano ambiental causado” relacionado ao saneamento básico. 

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