A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) oficializou no final da manhã desta segunda-feira (12) a contratação de Carlo Ancelotti como novo comandante da Seleção Brasileira. O experiente treinador italiano deixará o Real Madrid após uma temporada abaixo das expectativas no clube espanhol, marcada por eliminações e ausência de títulos relevantes.
Ancelotti chega ao Brasil após uma campanha instável do Real, que não conseguiu avançar na Liga dos Campeões, perdeu a final da Copa do Rei e viu o Barcelona dominar La Liga. Apesar do desempenho discreto na última temporada, o técnico mantém grande prestígio internacional, sendo visto como o nome ideal pela cúpula da CBF desde a saída de Tite após o Mundial do Catar, em 2022.
Desde então, a Seleção passou por um período de instabilidade técnica. Três nomes comandaram a equipe nesse intervalo: Ramón Menezes e Fernando Diniz, ambos interinos (com Diniz sendo efetivado em seguida), e Dorival Júnior, que também teve passagem curta. A chegada de Ancelotti representa, para a entidade, um passo definitivo em busca de estabilidade e resultados expressivos.
Currículo
Com uma carreira vitoriosa tanto como jogador quanto como treinador, Ancelotti construiu uma trajetória sólida no futebol europeu. Atuou ao lado de Falcão na Roma nos anos 1980 e integrou o histórico Milan multicampeão no final da década. Como técnico, empilhou títulos nos principais clubes do continente: Milan, Chelsea, PSG, Bayern de Munique e, claro, no Real Madrid, onde teve duas passagens marcantes — a última encerrada nesta temporada.
O currículo de Ancelotti impressiona: são cinco títulos da Liga dos Campeões da UEFA, sendo dois pelo Milan (2002/03 e 2006/07) e três pelo Real Madrid (2013/14, 2021/22 e 2023/24). Em 2024, foi eleito o melhor técnico do mundo tanto pela FIFA quanto pela revista France Football, que também o colocou entre os dez maiores treinadores da história. A IFFHS já o reconheceu como o melhor do planeta em 2007, 2014 e novamente em 2024. Desde 2015, seu nome integra o Hall da Fama do Futebol Italiano.
Agora, no comando da Seleção Brasileira, o italiano terá o desafio de reconstruir a equipe nacional e reencontrar o caminho do bom futebol. Entre as tarefas, está a missão de reerguer nomes importantes que não têm rendido o esperado vestindo a amarelinha — como é o caso de Vinícius Júnior, que frequentemente apresenta atuações melhores pelo Real Madrid do que pela Seleção.
A falta de uma identidade de jogo tem sido uma crítica constante desde a saída de Tite. A chegada de Ancelotti, portanto, carrega a expectativa de dar à equipe um estilo definido e de retomar a confiança do torcedor.
A estreia do novo treinador já tem data marcada: será no dia 5 de junho, diante do Equador, em Guayaquil, pelas Eliminatórias Sul-Americanas.
