Caraminholas
Ultimamente, ando um tanto ranzinza em relação à humanidade aqui e acolá. Instigado pela leitura das colunas de Antônio Amantino, meu olhar foi além do espectro político para enxergar a conduta dos terráqueos. Vejo a prepotência de gente grande brincando de banco imobiliário ou jogos de guerra no tabuleiro da vida real. Isso, por favor, é simplesmente insanidade.
Nas ruas, as motos fazem peripécias como se fossem as donas do trânsito. Isso é um conjunto de infrações e, ao que parece, as multas não rolam. Contemplo a turma que não larga o celular, acredita e, pior, repassa o incerto e até o não-sabido. É tanta baboseira que não tem mais como controlar. Quem sabe, para que possamos voltar à normalidade, o dito aparelhinho bem que poderia ser proibido. Ou é muita chatice da minha parte?
Também constato que a racionalidade lógica está abafada por preconceitos e percepções pré-concebidas. Parece que já vigora a irracionalidade. Ou as caraminholas dos cabelos já provocam ondas nos meus neurônios? Me chamem de chato, mas por aqui é inadmissível ouvir barulho de alto-falantes na porta das lojas. Isso não é ranzinzice minha, é apenas falta de educação dos outros.
É retrocesso fechar supermercados em domingos ou feriados. Isso, obviamente, é involução. Parece moda, estacionar sobre o concreto das paradas de ônibus, pois multas nem pensar. E acolá, o problema é que os insanos têm seguidores e promovem perseguidores. Isso é tirania. Ah, que fique bem claro, quintal é o rabo da casa da mãe dos prepotentes! E a prepotência, aqui e acolá, é a ambição das almas podres.
Então, no exercício da chatice que ainda me permitem, vislumbro extremos inflexíveis e um mundo sem harmonia. Afinal, sou chato, ranzinza, intolerante ou apenas entrei na onda das minhas alvas caraminholas?
Água e esgoto
As águas rolam e o esgoto fede. A Corsan, que privatizada virou Corsan Aegea, é novela que vai longe. A reviravolta dos consumidores iniciou com as cobranças abusivas nas faturas. Quase que simultaneamente, começou faltar água na cidade. Numa sequência quase inédita, surgiram rompimentos de adutoras. As águas rolaram pelo esgoto, enquanto os consumidores ficaram entre a torneia seca e o esgoto. Na semana passada, um estabelecimento na Rua Capitão Eleutério recebeu uma fatura no valor de 4 mil reais. Antes pagava R$ 700. E, em várias áreas, continua faltando água.
Supermercados
Começamos a semana do feriadão sob a insegurança da abertura dos supermercados nos feriados. Sim, agora a abertura depende de negociação. Piada, pois um feriadão longo é sinônimo de vendas elevadas e turismo de compras em Passo Fundo. Isso, é claro, sem falar nos alimentos que são descartados no açougue, panificadora e hortifruti. E, de quebra, a chatice de não sabermos se abre ou fecha. Prejuízo nas duas pontas do balcão. Passo Fundo, pelo porte e conotação regional, não merece mais esse retrocesso.
Eu acho, eu penso
Já que a chateação está na pauta, ouço algumas respostas que me irritam muito. São expressões nada convincentes que exprimem a omissão ou uma saída tangencial. Você indaga e contestam com “eu achei que” ou “eu pensei que”. Ora, se o sujeito fez algo errado basta dizer que achou ou pensou que. Pronto. Aboliram os erros da face do planeta. E isso não é o que eu ache ou pense. Tenho certeza!
Candidato a prefeito
O pessoal da Mesa Um do Bar Oásis está articulando uma candidatura a prefeito em 2028. Não se trata de apoio a nenhum candidato. Será candidatura própria com a escolha do nome entre um dos integrantes da emblemática confraria. Independente do nome, o marqueteiro calcará a campanha na palavra “experiência”.
Livro do Brizola
O livro “No Fio da História - a Vida de Leonel Brizola” já teve lançamento em Passo Fundo. Quem perdeu, agora quer adquirir um exemplar e questiona como fazer. Pois bem, conversei com o autor, Cleber Dioni Tentardini, que me passou a dica. Basta entrar em contato pelo e-mail [email protected].
Pastel de vento
O vento que minimiza, às vezes também multiplica o fedor da pastelaria aqui embaixo.
Centenário
Pois bem, agora faltam 64 dias para o Centenário de O Nacional.
Trilha sonora
Neil Diamond - Sweet Caroline
