Nos dias 10, 11 e 12 de abril, os médicos credenciados do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do RS (IPE-SAÚDE) vão paralisar as atividades. A definição ocorreu durante Assembleia Geral Extraordinária (AGE), realizada no formato híbrido pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), na noite de segunda-feira, 3. Dessa forma, não serão realizadas consultas e nem procedimentos hospitalares eletivos pelo convênio durante os três dias, apenas o atendimento das urgências e emergências.
De acordo com o presidente do Simers, Marcos Rovinski, a deliberação unânime dos mais de 200 participantes é um alerta para o Estado, que se comprometeu em enviar uma proposta até o final de março, mas não cumpriu. “Os médicos estão preocupados com a situação e querem negociar, mas é preciso que o governo mostre algum movimento de que será feita uma proposta de reajuste dos honorários médicos e hospitalares, sem reajuste há doze anos”, ressaltou Rovinski.
Uma nova reunião com a Casa Civil deve ocorrer no dia 12 de abril, quando a categoria aguarda um posicionamento sobre a urgente reestruturação da autarquia e se mantém em assembleia permanente. Hoje, o IPE-Saúde conta com mais de sete mil médicos credenciados, o que representa cerca de 20% dos profissionais no RS.
Desde a primeira Assembleia, a qual ocorreu no dia 2 de março, o Simers já realizou 15 reuniões com os médicos credenciados do interior, para definir os rumos da categoria referentes à crise do IPE-Saúde.