O governo do Estado começou a instalação, nesta quinta-feira (1/8), em Encantado, das primeiras 30 casas temporárias a serem entregues para famílias atingidas pelas enchentes de abril e maio. A ação ocorre por meio da Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária (Sehab). Com investimento de R$ 66,7 milhões, está prevista a aquisição de 500 unidades habitacionais.
A prefeitura de Encantado selecionará as famílias que receberão as chaves das moradias ainda na primeira quinzena de agosto.
As unidades habitacionais temporárias estão sendo instaladas em dois terrenos: um com cinco módulos, no bairro Palmas; e outro com 25, no bairro São José. Cada uma possui 27m² e é composta por dormitório, sala e cozinha conjugadas e banheiro.
Os módulos são entregues já com mobiliário, feito sob medida, e eletrodomésticos (fogão e geladeira). As unidades são reaproveitáveis e podem ser usadas sempre que houver necessidade. Quando as famílias forem para suas casas definitivas, os módulos serão higienizados e armazenados.
O titular da Sehab, Carlos Gomes, destaca que um dos aprendizados da calamidade que atingiu o Vale do Taquari em setembro do ano passado foi a necessidade de ações mais rápidas no setor habitacional. A secretaria passou, então, a estudar métodos construtivos que atendessem as pessoas com a celeridade necessária, tanto para moradias temporárias como para definitivas.
“Trata-se de mais um passo para encaminhar famílias a um espaço digno, enquanto aguardam as unidades definitivas, onde iniciarão uma nova etapa de suas vidas”, disse Gomes. “É apenas um começo, estamos trabalhando com afinco para agilizar o processo das unidades do A Casa é Sua - Calamidade com as residências definitivas.”
Por dispensar construção no local, os módulos são ambientalmente favoráveis, pois não geram resíduos de obra e possibilitam uma economia de oito vezes menos água em comparação com métodos tradicionais. A empresa Visia Construção Modular, contratada pela Sehab, trouxe o método da Europa e já entregou 8 mil desses módulos em todo o país.
A ação faz parte do Plano Rio Grande, programa de reconstrução, adaptação e resiliência climática do Estado que visa planejar, coordenar e executar ações para enfrentar as consequências sociais, econômicas e ambientais da enchente histórica. A medida integra também o Plano Estadual de Habitação de Interesse Social (Pehis) como política permanente para atuação em casos de emergências, calamidades e desastres.