Nestes 100 anos de O Nacional, um marco histórico verdadeiramente importante à comunidade passo-fundense, ao Estado do Rio Grande do Sul, ao Brasil e ao mundo (comunidade internacional leitora do jornal), este colunista não poderia se furtar de mencionar o papel que o jornal cumpriu historicamente e ainda cumpre, seja impresso ou digital; quanto à política internacional, às guerras e os grandes eventos. Antes disso, cabe um registro importante. Esta coluna de conjuntura internacional surgiu de uma proposta apresentada por mim, auxiliado habilmente pela minha esposa, talentosa jornalista, Ana Paula Megiolaro (que também revisa esta coluna e ajusta a profusão de ideias do colunista ao formato mais adequado) ao fraterno amigo Múcio de Castro Filho. Quem fez a ponte entre o colunista e o Múcio foi o aclamado publicitário e consultor Gil Kurtz, a quem enderecei a seguinte pergunta: será que interessaria ao O Nacional ter uma coluna semanal de conjuntura internacional, em tom prospectivo (com análise de cenários futuros)? A resposta do Múcio veio em prontidão: sim! Logo, tanto o Múcio quanto O Nacional demonstraram o seu caráter visionário: a primeira coluna de conjuntura internacional (semanal) prospectiva a circular no Rio Grande do Sul, desde 28/07/2020. A coluna de hoje é a de número 256, sendo, talvez, o maior repositório de artigos geopolíticos prospectivos do Brasil, uma vez que a coluna trabalha com cenários futuros, em sua grande maioria.
Múcio de Castro Filho
Conheci o Múcio já faz bons anos, em meio aos confrades dos charutos. Múcio estava lá, não pelo charuto, mas pela boa conversa. Quantas histórias pude vivenciar, seja de seu visionário pai e do jornal propriamente ditas. Histórias que, certamente, foram fundamentais para manter um jornal vivo por 100 anos, com muitos ainda por vir! Múcio também divide as suas preocupações ao empreender em diversos e desafiadores cenários, todavia sempre com bom humor, marca essencial da experiência e da resiliência.
Testemunhos históricos
O jornal surgiu um pouco depois da Primeira Guerra Mundial, podendo testemunhar em seus anais a Segunda Guerra, a Guerra Fria e tantos outros eventos geopolíticos de suma importância, como as guerras atuais, que esta coluna tem trazido com análises profundas à comunidade de Passo Fundo e aos gaúchos. Sempre há um assunto, e isso demonstra que a turbulenta geopolítica atual precisa ser compreendida. Uma tarefa complexa, mas que nesses últimos cinco anos religiosamente enviamos ao Editor, que uma vez sequer solicitou alguma modificação de conteúdo. Como é bom poder respirar um pouco do que tem sobrado neste país da liberdade de expressão e de imprensa, estampadas indubitavelmente em O Nacional.
O futuro
Para o colunista, há duas certezas: 1) a geopolítica promete muitos episódios que talvez estivessem apenas no nosso imaginário; e 2) que O Nacional continuará a testemunhar os fatos com a sua isenção, oferecendo a todos os seus leitores a única coluna internacional prospectiva no Estado e, quiçá, no Brasil. Ao agradecer a Múcio de Castro Filho pelo precioso espaço semanal, queremos congratular todos os que fizeram o possível para que O Nacional esteja plenamente vívido em seus 100 anos, resumo da mente visionária e do jornalismo competente. Vida longa a O Nacional! Seja impresso ou digital, que o jornal continue a ser esse importante bastião da liberdade de imprensa e de expressão!