Na próxima terça-feira, dia 31 de maio, será comemorado o Dia Mundial Sem Tabaco. A data é marcada todos os anos por campanhas pelo incentivo do abandono do ato de fumar. Este ano, o slogan da campanha da Organização Mundial da Saúde é Faça de todos os dias o Dia Mundial Sem Tabaco.
O objetivo da data, segundo a OMS, é destacar os riscos à saúde associados ao tabagismo e cobrar políticas eficazes para a redução do consumo. O tabagismo é a segunda maior causa de morte do mundo, após a hipertensão, e atualmente mata um em cada dez adultos.
A Assembleia Mundial de Saúde criou o Dia Mundial Sem Tabaco em 1987 para chamar a atenção de todo o mundo para a epidemia do tabaco e seus efeitos letais, dando oportunidade de destacar mensagens específicas de combate ao tabagismo.
De acordo com o Ministério da Saúde nos últimos cinco anos, a proporção de fumantes na população brasileira geral caiu de 16,2% para 15,1%, com redução mais expressiva entre os homens. Os dados mostram que o Brasil dá mais um passo na luta contra o tabagismo. O percentual representa uma redução expressiva em relação ao índice de 1989, quando a Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (PNSN), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou 34,8% de fumantes na população.
O avanço mais expressivo ocorre especialmente entre os homens, que em geral fumam mais do que as mulheres. Na população masculina, o hábito de fumar caiu de 20,2% para 17,9%, entre 2006 e 2010. Entre as mulheres, o índice continua estável em 12,7% no período. Pessoas com menor escolaridade (0 a 8 anos de estudo) fumam mais (18,6%), em relação às pessoas mais escolarizadas (12 anos e mais), que fumam 10,2%.
Os dados fazem parte da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), que entrevistou 54.339 adultos, residentes nas 27 capitais. O Vigitel é realizado anualmente, desde 2006, pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Núcleo de Pesquisa em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (NUPENS/USP).
Outra boa notícia é que, além de reduzir a proporção de fumantes na população masculina, também caiu o número de homens que fumam 20 cigarros (um maço) ou mais por dia, passando de 6,3% para 5,6%, entre 2006 e 2010. Já entre as mulheres, passou de 3,2% para 3,6%, no período.
Para lembrar a data e incentivar quanto ao abandono deste hábito, o Medicina & Saúde contou com a colaboração de diversos profissionais.
Confira:
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